Oleg Popov morreu de um ataque cardíaco.
A Rússia chora esta sexta-feira a morte de Oleg Popov, vítima de um ataque cardíaco na quarta-feira em Dostov-no-Don, onde estava em digressão, e que vai ser sepultado segunda-feira na Alemanha.
"O coração dele parou", disse Dmitri Reznichenko, diretor do circo daquela cidade do sul da Rússia onde Popov morreu aos 86 anos.
"Não se queixou de nenhuma indisposição, estava simplesmente a ver televisão", acrescentou.
Reznichenko adiantou que o corpo do "Palhaço Sol", como era conhecido, vai ser velado em Rostov-no-Don, seguindo depois, por vontade da família, para o funeral na Alemanha, país para onde se mudou, em 1991, após o fim da União Soviética.
Vivia desde então em Eggloffstein, na Bavária, com a mulher, também artista de circo.
O ministro da Cultura russo, Vladimir Medinski, manifestou o seu pesar numa declaração divulgada na quinta-feira na qual destacou como as atuações de Popov "levaram alegria e bondade a muitas gerações de compatriotas".
"Ele conseguiu criar uma imagem única de um palhaço excêntrico que irradiava luz só por aparecer e que tornava qualquer atuação uma festa", declarou o ministro.
Nascido numa família pobre dos arredores de Moscovo sem qualquer ligação ao espetáculo, Popov entrou para uma escola de circo aos 14 anos, onde aprendeu malabarismo, trapézio e acrobacia.
Aos 19 foi contratado pela companhia estatal de circo soviética e, cerca de cinco anos mais tarde, teve a sua grande oportunidade quando foi chamado a substituir o palhaço principal, que tinha partido um braço.
Dois anos depois assumiu o lugar de palhaço principal e participou na primeira digressão internacional de um circo organizada pelo Estado soviético.
Oleg Popov atuou várias vezes em Portugal, nomeadamente em 1977, com o Circo de Moscovo, no Coliseu dos Recreios.
"Parar? Nunca! Um palhaço morre no palco", respondia quando lhe perguntavam quando pensava retirar-se.
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