O Circo da Cidade Zé Priguiça, reabriu nesta quinta-feira (30/07)





O Circo da Cidade Zé Priguiça, instalado no bairro Alto Boqueirão, reabriu nesta quinta-feira (30) com um público formado por 100 crianças, que assistiram ao espetáculo “Kitinete”, da Cia Coutinho e Gabardo. Curitiba, 30/07/2015 - Foto: Maurilio Cheli/SMCS.










O Circo da Cidade Zé Priguiça, instalado no bairro Alto Boqueirão, reinicia suas atividades na próxima semana com estrutura renovada. Ganhou uma nova lona com 21 metros de diâmetro nas cores azul e laranja, e também uma nova tenda de apoio e um novo portal de entrada. A inauguração do circo com a cobertura recém-instalada está marcada para a próxima quinta-feira (30), às 15h. 

A Fundação Cultural de Curitiba aproveitou o período de férias escolares para fazer a troca das lonas e do portal, a um custo total de R$ 96 mil. Com isso, garantiu a continuidade das atividades do circo, que oferece oficinas circenses para crianças carentes e promove espetáculos para a comunidade de várias regiões da cidade.

A cobertura foi confeccionada sob medida e substitui a lona adquirida em 2007, que já estava com a sua vida útil vencida. Os demais equipamentos – ferragens, arquibancadas, palco, aparelhos de iluminação e sonorização – foram mantidos, pois são itens permanentes (também foram adquiridos em 2007) e estão em boas condições.

Para a substituição da lona, todo o circo teve que ser desmontado e remontado, o que levou 20 dias, inclusive finais de semana, envolvendo o trabalho de funcionários da Fundação Cultural de Curitiba e da empresa vencedora da licitação. O equipamento cobre uma área de aproximadamente 500 metros quadrados e as arquibancadas comportam cerca de 300 pessoas ou 350 crianças.
Oficinas e espetáculos – As atividades do Circo da Cidade são realizadas por companhias teatrais e circenses selecionadas por editais de Produção, Difusão e Formação em Circo do Fundo Municipal da Cultura. Os editais possibilitam a promoção de 150 espetáculos gratuitos para a comunidade durante um ano, além de 550 horas anuais de oficinas de circo para crianças – atividades que reúnem um público estimado em 60 a 65 mil pessoas. As oficinas que ensinam todas as modalidades de arte circense (acrobacias, equilibrismo, malabarismo, entre outras) atendem de 60 a 100 crianças em dois períodos, pela manhã e à tarde.  

Durante o primeiro semestre deste ano, enquanto a lona não era substituída e o material antigo não suportava as intempéries, os espetáculos agendados foram transferidos para escolas municipais de diversos bairros de Curitiba. As oficinas infantis não foram prejudicadas e aconteceram normalmente no circo, até o recesso escolar.

Até o final do ano, as oficinas continuam sendo orientadas pelos artistas da Cia Coutinho e Gabardo, que venceu o edital com o projeto “Do picadeiro à vida: o ensino aprendizagem através do circo”. O grupo também será responsável pelo espetáculo de estreia do circo com a lona nova. O espetáculo “Kitinete” ficará em cartaz nos finais de semana até 5 de setembro. Na programação deste ano estão ainda os espetáculos “A fabulosa companhia do Palhaço Só” (24 de setembro a 31 de outubro), da Asparte – Associação dos Profissionais da Área Artística do Paraná, e “Círculo: uma história sobre rodas” (de 11 de novembro a 19 de dezembro), da Cia. Marina Prado. 

O Circo da Cidade está instalado no Alto Boqueirão desde 2011, mas suas atividades atendem as demais regionais. Dos 150 espetáculos realizados no ano, 100 são dirigidos a crianças de outros bairros. “As oficinas não se limitam a ensinar as técnicas circenses. As crianças interagem com outras artes, aprendem noções de educação, saúde, meio ambiente e cidadania, desenvolvem a disciplina e a auto-estima”, destaca Albanir Moura, coordenador do programa.
História – O Circo da Cidade é um dos programas culturais mais antigos de Curitiba. Sua história começa em 1976, quando a Prefeitura de Curitiba adquiriu a primeira lona, com apoio da Funarte/MEC, atendendo ao apelo da Família Queirollo, que com o advento da televisão passava por muitas dificuldades, assim como a maioria das companhias circenses, principalmente as de pequeno porte. O circo foi inaugurado em outubro daquele ano, no Parque Barigui, com o nome do famoso palhaço Chic-Chic, e funcionou até 1979 sob a administração da família Queirollo.

Em 1980 o circo começou a ser administrado pela Fundação Cultural, com o nome de Circo da Cidade de Curitiba. Nesse período o projeto se caracterizou pela curta permanência em cada bairro, levando shows e espetáculos, oferecendo espaço para cursos e ofícios, e servindo como instrumento de valorização da cultural local. O circo passou a funcionar como um centro cultural itinerante e como espaço de atuação da sociedade civil organizada.  

De 1984 a 1990, a Fundação adquiriu novas estruturas e passou a ter quatro circos para realizar o seu programa de cultura local. Em 1988, uma das lonas permaneceu durante seis meses na praça Santos Andrade, servindo de palco de debates durante a Assembleia Nacional Constituinte. Novas mudanças ocorreram a partir de 1990, atendendo a política cultural do município. Dos quatro circos existentes, mantiveram-se dois e a partir de 1994 o projeto passou a funcionar com apenas uma unidade. A prioridade passou a ser as oficinas, com a preocupação maior de resgatar e valorizar a arte circense. Com esse objetivo, em 2002, foi firmada uma parceria entre a Fundação Cultural e a Fundação de Ação Social. A parceria se manteve até 2007.

A partir de 2008, o Circo da Cidade sofreu uma reestruturação completa. A aquisição de um novo circo completamente equipado permitiu a retomada do projeto original. O circo passou a se chamar Circo da Cidade – Lona Zé Priguiça, em homenagem ao funcionário da Fundação Cultural de Curitiba, Pedro Irineu dos Santos, o Palhaço Zé Priguiça, falecido em 2001. Atualmente, o circo é mantido com verba do Fundo Municipal da Cultura, permitindo que a comunidade curitibana compartilhe os diversos gêneros, tendências e linguagens que o circo pode proporcionar de forma descentralizada.
Serviço: 
Inauguração da nova lona do Circo da Cidade Zé Priguiça – Apresentação do espetáculo “Kitinete”, da Cia Coutinho e Gabardo
Local: Rua Benedicto Siqueira Branco, s/n – Alto Boqueirão (próximo ao Armazém da Família Jardim Paranaense) – telefone: (41) 3287-5307
Data e horário: 30 de julho de 2015 (quinta-feira), às 15h
Entrada franca.
Autor: Assessoria de Imprensa da FCC
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba


Prefeito de Curitiba sanciona lei que regulamenta apresentações de artistas de rua



O prefeito Gustavo Fruet sancionou, nesta quarta-feira (29), a lei que regulamenta a apresentação de artistas de rua em Curitiba. O trâmite do projeto, aprovado na Câmara Municipal no mês passado, foi acompanhado pela Fundação Cultural de Curitiba, que já coordenava, através de seus núcleos regionais, as atuações dos artistas.
A nova lei é uma reivindicação antiga dos artistas, que ajudaram a construí-la junto com o Legislativo e o Executivo. “É mais um passo importante para a democratização, incentivo e descentralização da cultura em nossa cidade. E mais uma iniciativa em parceria com o Legislatico”, disse o prefeito.
“A lei traz impactos importantes ao garantir a vida cultural nas ruas da cidade e reforçar os direitos desse grande número de artistas que atuam em Curitiba”,  disse o presidente da Fundação Cultural, Marcos Cordiolli.
A regulamentação autoriza as apresentações culturais de artistas de rua em praças, anfiteatros, largos e vias públicas, com base em alguns requisitos: o profissional ou grupo artístico não poderá usar palcos ou qualquer estrutura sem prévia comunicação ou autorização da administração municipal e obedecer à Lei do Sossego (Lei Municipal 10.625/2002). As atividades também só poderão ser realizadas entre as 8h e 22 horas.
A lei também autoriza a comercialização de bens culturais durante as apresentações, desde que os produtos sejam de autoria do profissional ou grupo artístico.
O autor do projeto, vereador Mestre Pop, ressaltou que a proposta visa dar dignidade ao trabalho desses profissionais.
Circulando
Além de terem garantido o direito de se atuarem nas vias públicas, os artistas de rua já têm, há um ano, abertura em espaços da Fundação Cultural. O projeto Circulando no TUC, no Kraide e no Cleon Jacques abre todo mês os palcos e a estrutura técnica do Teatro Universitário de Curitiba, na Galeria Júlio Moreira, no teatro Antônio Carlos Kraide, no Portão Cultural e no teatro Cleon Jacques, no Centro de Criatividade de Curitiba para que artistas inscritos se apresentem.
O coordenador de regionais da Fundação, Crizanto Westphalen, que idealizou o Circulando e acompanhou o trâmite do projeto de lei no Legislativo, lembra que é importante para cidade reconhecer seus artistas de rua e ajudar na divulgação de seu trabalho. “Muitos destes artistas já são reconhecidos em suas comunidades, mas nunca tiveram a possibilidade de tocar em um palco com recursos técnicos”, explica.
A inscrição para o Circulando é feita na Regional mais próxima do artista. A proposta é voltada para artistas que já tenham certo reconhecimento na comunidade. Todas as apresentações são gratuitas. Os artistas terão acesso a todo equipamento técnico dos espaços. A Fundação também faz a divulgação com filipetas, inserção no Guia Curitiba Apresenta e divulgação no site. Como contrapartida, os artistas poderão se apresentar em outro evento da Fundação em sua Administração Regional de origem.

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