Após um intenso trabalho de pesquisa junto ao acervo de cartazes da Fundação Cultural, que integravam o Museu do Cartaz e atualmente fazem parte da mapoteca da Casa da Memória, Josina Melo selecionou os mais representativos das décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000. A seleção estará disposta em 16 mosaicos, além de uma centena de quadros e cartazes exibidos individualmente, a maioria em seus tamanhos originais. São imagens que serviram, por exemplo, para divulgação dos concertos da Camerata Antiqua de Curitiba, do Jornal Mural, das Mostras da Gravura, das Oficinas de Música, das edições do Perhappiness, do Carnaval, entre tantos outros que fazem parte da memória e até hoje marcam a identidade da Fundação Cultural.
“Esta exposição é uma justa homenagem aos pioneiros da Fundação, tanto na área de programação visual, como de todos os setores da instituição, necessários para produzir-se um evento cultural de qualquer natureza”, diz Josina. Ela revela que a ideia da exposição surgiu ao final de uma entrevista com a designer Vivian Schroeder, em 2011, quando vislumbrou a possibilidade de contar a história da FCC através dos trabalhos produzidos pelo setor de Comunicação Visual. “Esse é o objetivo do projeto: que todos tenham a oportunidade de “remexer velhos baús”, por meio deste nosso olhar de funcionários/artistas que somos, neste malabarismo contemporâneo de ter de cinco a oito funções, coordenando e executando projetos culturais”, destaca.
Tempos de glória – A exposição, além do aspecto de resgate da memória, promove uma reflexão sobre a função do cartaz impresso como elemento de difusão. Josina lembra que esse instrumento de divulgação já teve seus tempos de glória, mas perdeu espaço para os meios digitais. De qualquer forma, hoje ele se mantém como uma importante fonte de releitura do passado, revelando técnicas e estéticas de outras épocas. Assim, os cartazes da Fundação Cultural garimpados na pesquisa de Josina também revelam valores de cada década, de cada gestão, de cada designer que trabalhou na criação dos materiais de divulgação da FCC.
“Nesta exposição pretende-se revelar às novas gerações um passado repleto de criatividade, cores e beleza, produzido à custa do trabalho de centenas de ilustres desconhecidos: os funcionários da Fundação Cultural de Curitiba em mais de 41 anos de fomento às artes, nas mais diversas propostas e iniciativas”, afirma Josina Melo.
Como estará aberta no período de realização da Copa do Mundo de Futebol, a mostra também possibilitará aos visitantes de outros estados e países conhecer como a cultura de Curitiba se desenvolveu nesses 40 anos. O painel de abertura e os textos/legendas escritos por Maí Nascimento Mendonça estarão em versão bilíngue (português e inglês). A tradução para o inglês foi feita por Elizabeth Prosser. Acompanha ainda a exposição um livreto (5 mil exemplares), impresso com apoio do Shopping Pátio Batel.
A exposição permanecerá na Casa Romário Martins até 30 de setembro. Depois será exibida por dois meses na Galeria da Ticcolor, que patrocinou o projeto, e na sequência será levada para as Ruas da Cidadania. Na inauguração, haverá apresentação do grupo “As Nymphas”, cuja história tem também grande ligação com a FCC.
Serviço:
Exposição “Fundação Cultural em Cartaz – Mais de 40 anos de história”, com curadoria de Josina Melo
Local: Casa Romário Martins – Largo da Ordem, 30
Datas e horário: 11 de junho de 2014, às 19h (inauguração para convidados e funcionários da FCC). Aberta ao público de 12 de junho a 30 de setembro. De terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Sábados e domingos, das 9h às 15h.
Entrada franca
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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